Fernando Dias Falcão, natural de Santana de Parnaíba, Estado de São Paulo, foi um dos prestativos e valorosos paulistas que se aventuraram às minas de Cuiabá. Segundo atesta Rodrigo Cezar de Menezes em documento oficial citado por Azevedo Marques, pertenceu Fernando Falcão a uma das principais famílias de São Paulo, e ocupou os cargos de capitão e sargento-mór de ordenanças, capitão-mór da Vila de Sorocaba, juiz ordinário e de órfãos da mesma Vila, juiz ordinário e de órfãos e provedor da fazenda dos defuntos e ausentes em Pitanguí, em Minas Gerais.

Em Cuiabá prestou relevantes serviços, sendo pelo povo feito capitão-mór das minas. Diz ainda Rodrigo Cezar, que esse paulista ilustre, no desempenho de seus cargos e nas providências que tomava para o bom andamento das explorações das minas, sempre houve notória satisfação e limpeza de mãos. Fernando Falcão foi nomeado por provisão de 5 de dezembro de 1726, para o alto cargo de provedor da Real Fazenda e Quintos, lugar que desempenhou com o esperado zelo e interesse. Em recompensa, Dom João V concedeu-lhe o hábito de Cristo e uma pensão anual de 50$000, honrarias essas que somente doze pessoas indicadas por D. Rodrigo Cezar mereceram. Faleceu em Sorocaba em meados do século XVIII, deixando grande descendência.

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