Esta rua foi aberta nas primeiras décadas do século XX e recebeu, inicialmente, a denominação de “Rua Cavoca”, tendo sido assim oficializada através do Ato nº 972 de 24/08/1916. No ano de 1950, o então vereador Ottobrini Costa, apresentou o Projeto de Lei nº 319/50 na Sessão da Câmara do dia 12/06/50. Este projeto pedia a alteração da denominação de “Rua Cavoca” para “Rua Dr. João Batista de Lacerda”. Tendo sido aprovado, este projeto transformou-se na Lei nº 4.159 de 27/12/1951.

O dr. João Batista de Lacerda era formado médico pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, clinicava em sua cidade natal quando foi nomeado, pelo ministro da Agricultura, subdiretor da seção de antropologia, zoologia e paleontologia do Museu Nacional.

Dedicou-se também à microbiologia e a estudos sobre febre amarela. Foi diretor do Museu Nacional e presidente da Academia Nacional de Medicina. Foi autor de estudos sobre o homem fóssil do Brasil e em 1878 foi premiado com a medalha de bronze na exposição antropológica de Paris.

O antropólogo, médico João Baptista de Lacerda foi um dos principais expoentes da “tese do embranquecimento” entre os brasileiros, tendo participado, em 1911, do Congresso Universal das Raças, em Londres. Esse congresso reuniu intelectuais do mundo todo para debater o tema do racialismo e da relação das raças com o progresso das civilizações (temas de interesse corrente à época). Baptista levou ao evento o artigo Sur les métis au Brésil (Sobre os mestiços do Brasil, em português), em que defendia o fator da miscigenação como algo positivo, no caso brasileiro, por conta da sobreposição dos traços da raça branca sobre as outras, a negra e a indígena.