Numa nótte di sitembro
Numa bruta chuvarada,
Pasqualino, io, e Nino
Cuma fómi di leone,
Fumo comê o macarrone
Na festa di San Genaro…
É paisá…io nem ti falo,
Lá, dancemo a tarantela,
Bebemo molto vino,
Comemo a sardela
Cum cipôla e biringela.
Orra meu!… Qui festa!
Qui sbórnia a fatto o Nino!
Si parecia um bambino
Cum o aventá du pizzaiolo.
Pasqualino, mezzo pazzo,
Canto La traviatta
Enzima dum barri.
Qui nó piangiô, tevi qui ri
Di tanta paliaciata.
…Io, nó a fatto nada.
Fique rindo a Marinela,
Qui cantava tutta bela,
Cum os ólhios para me :
“San Genaro…San Genaro…
eis aqui o Pimpinello…
Faça a grazia por favore
De me arrumá um bom marito”
Sabe Paisá…
Io non sô perquê du fatto:
Ma, uno rato disgraciato
Entro por suo vestito,
E Marinela desmaiô.
Sua paio marcriado
Me a fatto de curpado,
E aí…o pau quebrô.
…Sabe paisá, io non te falo:
Io, o Nino e o Pasqualino,
Mai o paio di Marinela,
Si quebramo tutta a cara…
Fumo fazê a tarantela
No xilindró du seo dotore.
Qui vergonha…paisá!
Ma, non tê molta importânzia,
La festa é buona memo,
Noi, até giá cumbinemo,
Di outra nótte vortá lá.
Carlos Guido Piva
Poema extraído do livro “Orra Meu! O canto da Mooca”
Escrito por Carlos Guido Piva
Conheça mais sobre este poeta Mooquense, na página de “Famílias e personalidades