Até por volta dos anos 60, a Mooca dispunha de uma considerável quantidade de campos onde desfilavam os mais de uma centena de times de várzea sediados no Bairro. Dentre todos esses campos, um deles merecia destaque e era chamado de Buraco ou, mais sofisticadamente, de Pacaembuzinho.
No passado, ele ficava próximo de um conjunto de campos localizados na região do Parque da Mooca, em local conhecido como Bica ou Barroca, todos em terreno de propriedade da Cia. Imobiliária Parque da Mooca e que já foi objeto de uma outra matéria do Portal da Mooca (http://www.portaldamooca.com.br/a-barroca-bica-ou-tchibum/)
Dentre todos esses campos o Pacaembuzinho se destacava pela sua localização e formato, pois ele possui uma encosta de onde muitas pessoas podiam assistir as partidas que ali se realizavam. O campo era cercado de muita mata, principalmente plantação de mamonas, local esse que servia de banheiro para a plateia e, à noite, para encontros amorosos.
Desde o seu “descobrimento” na década de 20, em grande parte do tempo o espaço era administrado pelo Democrata F.C. porém muitos clubes também ali atuaram, principalmente o glorioso C.A. Parque da Mooca.
No começo da década de 60, quando o Juventus começou a construir o seu clube social nas proximidades do Pacaembuzinho, a Diretoria do Clube chegou a planejar a construção de um estádio naquele local, cuja citada encosta facilitaria a construção de uma arquibancada, mas a ideia não evoluiu.
Consta que também a Portuguesa de Desportos cogitou a ali construir seu estádio mas acabou optando pelo Canindé, onde está até hoje.
Já há alguns anos, o local foi reformado e transformado no CDC Parque da Mooca, tendo sido mantido o campo de futebol, em sentido inverso ao original, o qual é, hoje, um dos únicos três campos de várzea da Mooca.
Colaborou : Alcides Barroso Garcia
Matéria publicada em março/2021
