JUPURUCHITA, MAIS QUE UMA RUA: UMA FAMÍLIA!

É difícil um mooquense que não tenha ouvido falar da famosa e animada turma da Jupuruchita.

Conversamos com Walter Godoy, um dos membros mais antigos na turma, que nos contou um pouco dessa história que vamos transcrever aqui exatamente como contado, para que não se perca a essência do relato.

“Foi no ano de 1977 que ocorreu a simbiose, quando por coincidência ( Einstein diz que “coincidência” é a forma que Deus encontrou de se manter anônimo), juntaram-se vários adolescentes no mesmo espaço e rua. Uns vindos das ruas dos entornos e outros até mesmo do bairro vizinho da Vila Prudente. Não há um fato específico ou uma data específica pra demarcar essa união. Ela foi ocorrendo naturalmente.

Havia umas meninas que ali moravam, fato que levou muitos meninos a frequentarem a Jupuruchita : época dos bailinhos, futebol na quadra do juizado de menores (feminino) cuja unidade era e ainda é na Rua Jupuruchita (hoje Fundação Casa), brincadeiras de “mãe da rua”, taco, balão que fazíamos na própria rua, todos eventos que contribuíram para, cada vez mais, a turma crescer e se unir. Vieram as domingueiras e carnaval do Juventus e a coisa foi tomando vulto e forma.

Brigas entre turmas nos bailinhos e na saída do Juventus, também fizeram parte disso. Os outrora adolescentes já começaram a atingir a maioridade, a ter carro, moto e continuarem a se encontrar na mesma rua (referência), agora não mais na esquina e/ou na frente da casa da Magali (uma das meninas que ali moravam), mas sim, na praça da padaria, no final da rua.”

Como dito por Godoy, a turma da Jupuruchita é uma grande família, por isso é muito difícil mensurar a quantidade de membros, mas para poder se ter uma ideia ele nos conta que “na última festa, que é feita de 05 em 05 anos, tínhamos mais de 400 pessoas”.

A união é um traço muito forte na turma, tanto que são feitas reuniões semanais na PADAJUP. Além disso, Todos os meses em que tem membro aniversariando é realizada uma festa, obviamente, na própria rua para comemoração coletiva. “utilizamos a garagem de um vizinho, como nossa varanda gourmet e palco pra banda”, ele nos conta.

Mas não pense que a turma vive só de festa, “todos nossos eventos têm caráter filantrópico, pois exigimos doação de alimentos para todos os participantes”.

Não há dúvida que a turma da Jupuruchita é a cara da Mooca.