Volto mais uma vez para falar com todos vocês que, carinhosamente, deixaram os seus depoimentos e ou comentários sobre o nosso querido bairro da moóca.

Quantos depoimentos emocionantes, que nos propiciaram momentos de alegria, de saudades, onde as lágrimas tomaram conta das nossas faces já pocadinho cansadas pelos anos vividos.

Cada depoimento, cada relato, nos remeteram à um passado muito lindo que vivemos neste bairro tão simples, tradicionalmente de muitos italianos e espanhóis, onde na simplicidade e na forma de viver, nos trouxeram momentos inesquecíveis.

Em quase em todos os relatos aparecem os mesmo lugares que juntos, mesmo sem nos conhecermos, estivemos bem pertinho quer pela presença nas escolas da moóca, como nos cinemas, como nas igrejas, como nas tradicionais pizzas aos sábados, na pizzaria são pedro.

Aqui neste cantinho do portal da moóca, ao ler os diversos depoimentos, voltei ao meu passado muito emocionado, com os contos que foram contados de forma singular, de pessoas que fizeram parte da história deste fantástico e mágico bairro.

Algumas lágrimas rolaram confesso, ao ler alguém relatar sobre as tradicionais missas aos domingos, rezadas pelo nosso inesquecível padre valentim, que nos deu a primeira comunhão, que abençoou tantos casamentos e que batizou o nosso primeiro filho.

Mais lágrimas rolaram confesso, ao ler os contos de tantos contos, como aquele das carrocinhas que nos vinham oferecer o pão, o leite, os sonhos, o leite de cabra, que faziam parte do nosso dia a dia logo cedinho.

Aqui emocionado, voltei a ler sobre as escolas osvaldo cruz e brasilux, do são judas e de tantos cinemas que foram frequentados por tantos e tantos mooquenses, como o icaraí (depois ouro verde), como o moderno, o safira, o patriarca e o cine roma, este lá na av. Alcantara machado.

Saudades do médico da família, refiro-me ao dr. Galezzi, do farmacêutico luisinho e de tantas vendinhas e armazéns da época que
forneciam os seus produtos através de uma cadernetinha, a qual era quitada no fim do mês, pelos nossos falecidos pais.

De tantos contos que li neste portal da moóca, como esquecer os bailinhos semanais, aqueles bailes realizados sejam em vilas ou fundos de quintais, dos namoros inesquecíveis, em meio as músicas orquestradas da época com ray conniff e tantos outros cantores de renome.

Como esquecer a própria rua da moóca, marco principal da nossa infância e da nossa linda juventude, que até os dias de hoje nos
deixou lembranças indeléveis.

Este privilégio está reservado tão somente para quem viveu na tradicional república federativa do bairro da moóca, nos anos 40, nos anos 50 e principalmente nos anos 60, junto as grandes músicas italianas e o aparecimento de uma certa banda conhecida pelo nome de the beatles.

Somente quem viveu nestas épocas pode mensurar a emoção de um mooquense, ao relatar tantas passagens belíssimas de um passado, infelizmente, cada vez mais distante.

Nós mooquenses somos únicos, seja pelo sangue italiano, seja pelo sangue espanhol, ou pelo sangue de tantas outras raças, herdadas de nossos antepassados.

Sim nós da moóca……..somos únicos em meio a tantas tradições de outros bairros queridos desta imensa são paulo.

Quem viveu na moóca, levará no coração e na memória para sempre, independente de onde estiver residindo atualmente, lembranças deste cantinho dourado, chamado moóca.

-saudações aos mooquenses………..ôrra meu…!

Jefferson p. Alcantarilla