Inicialmente chamada de Rua 31 e oficializada pelo Ato 1.392, de 29/12/1919, a Rua Visconde de Inhomerim, na Mooca, faz homenagem a Francisco de Sales Torres Homem, o Visconde de Inhomerim.

Torres Homem, nasceu no Rio de Janeiro, em 29 de Janeiro de 1812, filho de padre Apolinário, um padre negocista e briguento e da mulata Maria Patrícia, que era conhecida como Maria “Você me Mata”, neta da escrava Eva da Serra de Taubaté. Torres Homem foi retratado como um macaco em caricaturas da época, apesar ser mulato, é considerado o negro que conseguiu maior destaque durante o Império. Ele era contra a escravidão, mas escondia seu cabelo com perucas e usava pó de arroz para clarear a pele. Dava muita importância à aparência.  Formou-se em Medicina, mas dedicou-se a política, escrevendo para vários jornais.

Fundou o Jornal dos Debates no qual fez séria oposição ao Regente Feijó. Em 1840, foi o principal redator do Maiorista e em 1842, por ocasião das revoltas liberais de São Paulo e Minas, foi preso e deportado para a Europa.

Em 1844, Visconde de Inhomerim volta ao Brasil e é eleito deputado por Minas Gerais,  sendo depois Presidente do Banco do Brasil, senador do Império e Ministro da Fazenda.

Em 1873 decidiu voltar para Europa e na sua volta ao Brasil foi marcada pelo seu famoso discurso no Senado em defesa do projeto que declarava livres, todos os escravos nascidos no Brasil, projeto esse que foi convertido na Lei do Ventre Livre, em 28 de setembro de 1871.

Visconde de Inhomerim pertenceu a várias Associações Científicas, foi Conselheiro de Estado, membro do Instituto Histórico Brasileiro e membro do Instituto de França. Faleceu em Paris em 3 de junho de 1876.