O nome da rua faz referência aos tabajaras, povo indígena que habitou o litoral do Brasil no trecho entre a foz do Rio Paraíba e a Ilha de Itamaracá. No século XVI, eram 40 mil indivíduos e se aliaram aos colonizadores portugueses para ajudar a fundar o que viria a ser a capitania da Paraíba.

Antes da migração para o litoral centro–sul paraibano, seu território estendia-se das proximidades da Ilha de Itamaracá, no litoral pernambucano, até o agreste, no vale do rio Pajeú. Foram os primeiros nativos dessa região do Nordeste Oriental a entrar em contato com os conquistadores portugueses. Selaram a paz com os luso-brasileiros após acordo de paz assinado durante as tentativas de conquista portuguesa da Paraíba.

O português Duarte Coelho viu, durante seis meses, os seus desejos de colonização da Paraíba frustrados devido à resistência pertinaz oferecida pelos potiguaras, inimigos tradicionais dos tabajaras. Por fim, os conquistadores conseguiram uma aliança com os chefes indígenas tabajaras Pirajibe, Tabira (cacique Uirá Ubi) e Itajiba e, com eles, dominaram completamente os potiguaras, conquistando o litoral paraibano e fundando Filipeia de Nossa Senhora das Neves (atual João Pessoa). A aliança com a tribo Tabira se deu por uma questão curiosa: a filha do cacique se apaixonou e casou com o administrador colonial português, Jerônimo de Albuquerque, salvando-o da morte, após ser ferido e se tornar prisioneiro.

A tribo foi, paulatinamente, fragmentada pela miscigenação e integração aos conquistadores portugueses após a conquista portuguesa da capitania.

Etimologia

Embora seja tentadora a ideia de que “tabajara” seja formado pela justaposição dos termos tupis antigos taba, “aldeia” e îara, “senhor”, significando, portanto, “senhor da aldeia”, não existe nenhuma fonte bibliográfica que aponte para tal etimologia. Ao contrário, o tupinólogo Eduardo Navarro diz que “tabajara” procede do tupi antigo tobaîara, “inimigos”.[5] Obviamente, tal denominação não devia ser uma autodenominação, mas uma exodenominação, atribuída aos tabajaras por seus inimigos.

A legalização da rua Tabajaras.

A existência do logradouro consta desde 17 de janeiro de 1923 pelo ATO nº 1924. Nome declarado oficial pela Lei 4.371, de 17 de abril de 1953 por constar em planta de levantamento fiscal anexa a este ato. Presente na planta da cidade produzida para a prefeitura em 1954 a partir de levantamento aerofotogramétrico (REF. VASP CRUZEIRO). O Decreto 15.635, de 17 de janeiro de 1979 que institui a lista de denominações oficiais do município confirmou esta denominação com atualização da grafia.