O nome “Glasslite” veio da junção das palavras em inglês glass (vidro) e lite (leve), numa referência ao material usado em seus produtos iniciais. A virada de chave, no entanto, viria nos anos 1980, quando a empresa decidiu investir no ramo de brinquedos. Aposta certeira: ao firmar parcerias com marcas internacionais como Kenner e Galoob, a Glasslite passou a fabricar brinquedos licenciados de grandes sucessos da televisão, como A Super Máquina, CHiPs, Esquadrão Classe A e personagens dos populares seriados japoneses, como Jiban, Changeman e Jiraiya.

Esses produtos caíram no gosto do público infantil e ajudaram a consolidar a marca em um mercado competitivo. O sucesso permitiu que a empresa se expandisse, abrindo filiais no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Recife.

O caminho, porém, não foi livre de obstáculos. No início dos anos 1980, a empresa enfrentou sua primeira grande crise financeira, superada justamente com o sucesso de sua linha de brinquedos licenciados. A nova ameaça viria na década seguinte: com a abertura das importações, o mercado brasileiro foi invadido por produtos mais baratos, tornando a competição ainda mais acirrada.

A Glasslite resistiu o quanto pôde, apostando em lançamentos como os bonecos do personagem Rambo, mas as mudanças no perfil de consumo e a dificuldade de competir com os preços dos importados minaram suas forças. Em 2005, a empresa decretou falência.