estacao3Por volta de 1854, Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, influenciado pela estrutura industrial inglesa, implanta o primeiro trecho da primeira ferrovia brasileira no Rio de Janeiro.

Em solo paulista, a primeira estrada de ferro a ser construída foi a São Paulo Railway – SPR. Construída entre 1862 e 1867 por investidores ingleses, tinha inicialmente como um de seus maiores acionistas o Barão de Mauá. Ligando Jundiaí a Santos, transportou durante muitos anos – até a década de 30, quando a Sorocabana abriu a Mairinque-Santos – o café e outras mercadorias, além de passageiros de forma monopolística do interior para o porto, sendo um verdadeiro funil que atravessava a cidade de São Paulo de norte a sul.

estacao4Em 1946, com o final da concessão governamental, passou a pertencer à União sob o nome de Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (EFSJ). O nome pegou e é usado até hoje, embora nos anos 70 tenha passado a pertencer à REFESA e, em 1997, tenha sido entregue à concessionária MRS, que hoje a controla. O tráfego de passageiros de longa distância terminou em 1997, mas o transporte entre Jundiaí e Paranapiacaba continua até hoje com as TUES dos trens metropolitanos.

A viagem inaugural dessa ferrovia ocorreu em 1865 entre a Estação da Luz até a Estação da Mooca, todavia a Estação Mooca somente foi oficialmente inaugurada em 1898.

Fontes
http://www.estacoesferroviarias.com.br/m/mooca.htm
http://www.achetudoeregiao.com.br/SP/historia_de_sao_paulo.htm
http://www.revistain.com.br/exibe_conteudo_a.asp?id=1637

Quando assumiu as malhas da antiga SPR e suas estações, a Santos-Jundiaí impôs novos conceitos operacionais e arquitetônicos para as estações, condizentes com aquela época. Várias estações do período anterior, inadequadas para as novas demandas operacionais e incompatíveis com os novos conceitos adotados pela companhia, foram demolidas e reconstruídas. Também foram implantadas novas estações.

Assim, a EFSJ imprimiu em estações como Ipiranga, Pirituba, Lapa e Mooca, entre outras, um estilo arquitetônico nitidamente modernista, com muitas referências da arquitetura paulista adotada em edifícios dos anos 50.

Basicamente, caracterizam-se pelas estruturas de concreto armado e alvenarias, sempre revestidas com pastilhas (de vidro ou cerâmicas) e/ou pedras; adoção de linhas geométricas simples e, predominantemente, bastante ortogonais; pilares de seção sempre circular, separados de paredes ou esquadrias; e janelas corridas, entre outras.

A Estação Mooca, localizada na Rua Monsenhor João Felipo, pequena travessa da Rua Borges de Figueiredo, tendo como vizinhos as antigas fábricas e armazéns que se utilizavam desse meio de transporte (inclusive o Moinho Santo Antonio) e tendo como fundo as chaminés da fábrica da Antarctica, já teve os seus dias de glória, quando por ali passava uma imensa multidão de usuários. Hoje, o movimento é muito mais restrito, mas a estação conserva ainda os ares românticos característicos de toda e qualquer estação ferroviária.

Fontes
http://www.estacoesferroviarias.com.br/m/mooca.htm
http://www.achetudoeregiao.com.br/SP/historia_de_sao_paulo.htm
http://www.revistain.com.br/exibe_conteudo_a.asp?id=1637