Lendo à matéria “Saudades da Padre Raposo, do Pandiá, do campinho da favela…” enviada por Marcio Fonseca, na coluna “Eu me lembro”, rememorei, com emoção e muita saudade, minha infância, adolescência e juventude vivida no sobrado de esquina (rua Curupacê com Padre Raposo) bem em frente ao campinho da favela.
A origem do nome “campinho da favela” deve-se a uma favela que existia nesse terreno. Havia, aproximadamente, uns vinte barracos típicos das favelas antigas (construídos com restos de madeiras, latas e zinco) Na década de 60, a favela foi retirada do local pelo poder público, e durante alguns anos utilizamos aquela área para jogar bola. Chegamos a demarcar um campinho com traves improvisadas. Logo tivemos que nos mudar mais para os fundos do terreno; pois, um prédio de apartamentos foi erguido no local (onde funciona – ou funcionou – o cartório eleitoral da Mooca) é neste segundo campinho que você também jogou bola, caro Marcio.
A pé, todos os dias, eu subia a Curupacê, dobrava à esquerda na Madre de Deus, à direita na Visconde e, finalmente, à esquerda na Paes de Barros para chegar ao (então) Grupo Escolar Pandiá Calógeras. Era comum assistir às peças de teatro infantil às tardes de domingo no Teatro Artur Azevedo – que ficava coladinho ao Pandiá. Quando jovem, também assisti a vários espetáculos no “Artur”, como a peça “Muro de Arrimo” com José Fagundes, o show de Jorge Mautner..etc. Como todo bom morador da Mooca, era freqüentador da biblioteca, piscinas e quadras do “Centro Educacional da Mooca” (não sei se o nome ainda é o mesmo),…lógico! também fui sócio do Juventus. Tempos bons! Saudades…ah, já estava esquecendo – quantos doces, bolos e, as famosas, cocadas não degustei na Doceira Modêlo.
Edison Archela
Londrina-PR