Na década de 40, na divisa dos bairros da Mooca e Glicério, mais precisamente na Avenida do Estado, esquina com a Rua da Mooca e Avenida Prefeito Passos, próximo à Rua do Glicério, nascia um parque de diversões que foi um dos maiores do Brasil e que continua até hoje na memória de muitas pessoas: o saudoso Parque Shangai.
Encantando gerações, o Parque Shangai esteve em pleno funcionamento durante cerca de 30 anos.
Neste tempo todo, foi um espaço de grande entretenimento marcado pela clássica montanha russa feita em madeira, além dos tradicionais autopista, carrossel e das tartarugas que saiam em alta velocidade sobre trilhos.
O Shangai não foi simplesmente um parque de diversão. Foi marcado, também, como um espaço de eventos como a Feira Nacional das Indústrias, a Festa do Jornaleiro (organizada pela Folha de S. Paulo) e as festas juninas da Portuguesa de Desportos, bem como apresentações musicais e festas de carnaval, tendo apresentações de músicos como Mário Zan e Luiz Gonzaga. Além de shows com bailarinos, mágicos e teatro de marionetes.
Decadência
Na segunda metade da década de 60, o Parque Shangai já não era mais o mesmo. Brinquedos sem manutenção ocasionavam perigo aos frequentadores que começaram a não mais frequentar o local. No seu entorno, surgiu um comércio nada satisfatório de jogatinas, bebidas e arruaças. O que foi um espaço democrático da alegria virou um problema social.
Em novembro de 1968, Parque Shangai foi superado diante da transformação urbana ocorrida no local. A área em que um dia reinara alegria e a diversão, começou a dar lugar a um conjunto de diversas pontes e viadutos e muita degradação.
Enquanto caminhões chegavam com diversos materiais para a construção dos viadutos, as pessoas que passavam em frente ao velho Parque Shangai, deparavam-se com uma placa com a seguinte frase: “Cedendo ao progresso, o Parque Shangai encerrou suas funções em novembro de 1968”.
Fontes:
– São Paulo Antiga
– Folha de São Paulo de 08/03/2015
– Wikipedia