1983 – Campeão Brasileiro Série B – Taça de Prata
Nada de melancolia ou tristeza. Essa era a ordem do técnico Candinho após a eliminação da equipe na Taça de Ouro. O comandante grená reconhecia o valor da sua equipe e confiava plenamente num bom desempenho na disputa da Taça de Prata. Além do mais, o tempo era curtíssimo para chorar o leite derramado. Quatro dias após o jogo contra o Goiás-GO, o Juventus já teria pela frente na estreia da Taça de Prata outro quadro goiano: o Itumbiara.
Em sistema eliminatório, o time da Mooca venceu o Itumbiara no jogo de ida, no Parque São Jorge, pelo placar de 3 a 1, no dia 13 de março, gols marcados Ilo e Sidnei (2), construindo uma boa vantagem. No jogo de volta, em 20 de março, um empate em 1 a 1, gol de Bira, garantiu a classificação juventina.
Nas quartas de final, o Galícia-BA era um adversário categorizado e temido. No dia 27 de março, o Juventus venceu a primeira batalha frente aos baianos pelo placar de 3 a 2, no estádio da Fonte Nova, gols marcados por Cesar, Ilo e Sidnei. Na partida de volta, em 2 de abril, nova vitória por 2 a 1, gols de Cesar e Gatãozinho, no estádio do Parque São Jorge, garantiu vaga aos grenás para a semifinal.
Nessa fase, o Joinville se apresentava como um grande desafio. Um suado empate em 0 a 0, no dia 10 de abril, em Joinville, trouxe a decisão para a capital paulista. Uma semana depois, no estádio do Parque São Jorge, Trajano e Cesar garantiram a vitória do Juventus pelo placar de 2 a 1 e a vaga na finalíssima.
Na grande final, os alagoanos do CSA não prometiam vida fácil para os paulistas. Começaram a criar um clima de hostilidade na imprensa e inflamaram os ânimos dos torcedores com declarações pouco publicáveis. Nesse ambiente de guerra, a melhor técnica do Juventus sucumbiu na primeira partida da final, realizada na cidade de Maceió, no dia 24 de abril. O time da Mooca foi vencido pelo placar de 3 a 1, tendo o único tento grená sendo anotado por Ilo.
Precisando da vitória para forçar o jogo desempate, no dia 1º de maio, no estádio do Parque São Jorge, o Juventus
entrou a todo vapor e atropelou os alagoanos pelo placar de 3 a 0, que não viram a cor da bola. Gatãozinho, Bira e Trajano foram os artilheiros avinhados na partida.
Três dias depois, em 3 de maio, no mesmo Parque São Jorge, perante 3.205 pagantes, o Juventus mostrou toda a sua garra e tradição e com uma cobrança de penalidade máxima anotada por Paulo Martins, o Moleque Travesso vencia o CSA por 1 a 0 e conquistaria o título de Campeão Brasileiro da Série B.
Carlos (G), Nélson, Deodoro, Nelsinho, Bizi, César, Paulo Martins, Gatãozinho, Sídnei, Ilo (Bira), Cândido (Mário). Técnico: Candinho.
Foram esses os heróis juventinos que escreveram os seus nomes no olimpo sagrado dos grandes vencedores, no maior feito, até então, da história gloriosa do Clube Atétlico Juventus.